Relógio

domingo, 11 de agosto de 2013

Bicho - pau





O bicho pau, inseto da ordem Phasmatodea, é chamado assim devido a sua aparência ser idêntica a de gravetos. Comprovando a teoria evolutiva de Darwin e seu mecanismo de seleção natural, este animal se adapta de forma brilhante ao universo da Natureza, utilizando o instrumento da camuflagem.

 Completamente incapaz de fazer mal a algum outro ser, ele se defende permanecendo muito tempo imobilizado no galho de um arbusto, sem ser percebido. Ele se mobiliza bem devagar e se vale deste estratagema para não ser apanhado por seus caçadores, especialmente as aves.

Este inseto, encontrado nas regiões norte e leste da América do Sul, ainda encontra em sua constituição orgânica outros meios de defesa. Ele destila uma substância leitosa e repulsiva, que afasta os predadores, e também apresenta o dom de revivificar os membros eliminados. O bicho pau se multiplica através da reprodução ovípara; seus ovos são lançados pela fêmea em várias direções, assim os recém-nascidos podem se disseminar nas mais vastas regiões e longe da mãe.

 Estes ovos são semelhantes a germes, posicionados casualmente na terra pelos espécimes femininos. As mães não escolhem intencionalmente os locais nos quais os depositará; elas os largam simplesmente na terra. O crescimento do organismo que está sendo gerado é muito vagaroso; ele leva de 100 a 150 dias para vir à luz.

 A partir deste momento o bicho pau é denominado de ninfa e apresenta uma conformação física similar à do adulto. Logo depois da saída do ovo ele já transcende o tamanho deste casulo que lhe servira de refúgio, pois seu organismo é estirado logo após a vinda ao mundo.

O bicho pau se alimenta de ervas, folhagens e rebentos, por isso nas regiões urbanas ele pode ser visto em goiabeiras ou em pitangueiras. Apesar disso ele nunca se multiplica o bastante para arruinar a agricultura. Este animal se move por meio de oscilações, daí ele ser confundido, muitas vezes, com uma folha balançando ao vento.

Na fase adulta os machos se revelam distintos das fêmeas, uma vez que apresentam menor porte, são mais delgados e portam asas de menor tamanho, as quais possibilitam diminutos voos. A reprodução entre eles é sexuada ou assexuada, através da partenogênese – um embrião é gerado sem que se recorra à fertilização. Os insetos do gênero masculino vivem cerca de 18 meses, enquanto os do sexo feminino sobrevivem por mais ou menos 30 meses.

No Brasil as fêmeas podem atingir 22 cm, enquanto os machos são pequenos e têm asas; estes insetos preferem a vida noturna e aparecem especialmente no Rio de Janeiro, na Bahia, no Espírito Santo e na Amazônia. Seu meio ambiente natural são as florestas tropicais, nas quais são encontrados entre as folhas da vegetação local.


Fonte 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Sapo de Unha Negra



Este é um anfíbio de hábitos crepusculares, vive enterrado durante o dia (possui hábitos fossadores) em galerias que vão de 6 a 20 cm de profundidade cavadas com duas poderosas "esporas", que são duas calosidades enrijecidas do metatarso nas patas anteriores (de onde provem o nome do animal).
Este anuro apresenta uma coloração pardacenta, normalmente com fundo verde claro e manchas aleatórias acastanhadas ou cor de azeitona, o ventre por sua vez contrasta com o dorso sendo de uma cor mais clara. Possui dois grandes olhos muito proeminentes e pupila vertical, sendo dos poucos apelidados de "sapos" não pertencentes à família Bufonidae (verdadeiros sapos, apresentam glândulas parótidas e pupila horizontal) que se sente relativamente bem dentro de água, pois é um bom nadador, mas preferindo normalmente não entrar nesta.
Na época reprodutiva, nesta espécie, os machos apresentam calosidades amareladas nas patas posteriores que ajudam o macho a agarrar a fêmea, de maior tamanho, durante o amplexo. Estes animais costumam atingir entre 6 a 12 cm de comprimento. Durante esta época reprodutiva (que vai normalmente de Fevereiro a Março) os adultos sexualmente maduros procuram charcos com alguma profundidade para acasalarem e libertarem a prole. Os girinos desta espécie são de fácil identificação pois são bastante grandes, destacando-se das restantes espécies ibéricas.
Esta espécie ocorre na Península Ibérica e parte noroeste de França, em florestas de caducifólias e em terrenos arenosos.
Esta espécie encontra-se ameaçada, tal como tantos outros anfíbios ibéricos devido à perda gradual de habitat, aos atropelamentos nas estradas e à predação das suas larvas por espécies piscículas introduzidas tal como o achigã e a perca-sol.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Lagarto de Chifres da América do Norte


O diabo espinhoso é um pequeno réptil existente na Austrália cuja dieta consiste somente em formigas.
Apesar do seu nome, o diabo espinhoso não ultrapassa os 20 cm de comprimento. As fêmeas são maiores que os machos. A sua coloração, que eles próprios controlam, tal como o camaleão, varia entre o amarelo e o castanho-escuro, conforme o tipo de solo e serve-lhe de camuflagem. Possui uma "falsa cabeça" atrás da verdadeira que utiliza para confundir os predadores. Possui espinhos cónicos por todo o corpo excepto na barriga onde são substituidos por protuberâncias.
O diabo espinhoso só tem formigas como único alimento, especialmente as do género Iridomyrmex. Só come uma formiga de cada vez, que captura com a sua língua pegajosa, mas pode comê-las a um ritmo de 45 por minuto. Podem comer entre 600 a 3.000 só numa refeição e mais de 10.000 por dia.
Para beber o diabo espinhoso condensa o humidade existente na noite fria nas escamas e canaliza-a até à boca através de sulcos hidroscópicos existentes por entre os espinhos. O mesmo acontece em dias de chuva ou se ele encontrar uma poça.
Embora tenha o corpo coberto de espinhos cónicos, a sua extrema lentidão torna-o uma presa fácil. Os seus predadores são a abetarda, que efectua descidas rápidas sobre ele que o atordoam até o matar, e o varano. No entanto o diabo espinhoso tem algumas técnicas de defesa como enfiar a cabeça entre as patas dianteiras e mostrar a falsa cabeça que os predadores tomam por verdadeira. Se os predadores o tentarem rolar para expor a sua barriga, a zona mais desprotegida do seu corpo, o diabo contra-ataca fazendo pressão com os espinhos e com a cauda. Para assustar os predadores pode também inchar para dar a impressão de ser maior.
Habita principalmente terrenos de vegetação rasteira e desertos na Austrália Ocidental e Central onde se encontra a spinifex.
O acasalamento e a postura dos ovos ocorre entre Setembro e Janeiro. São postos de 3 a 10 ovos que eclodem 3 a 4 meses depois. O diabo espinhoso atinge a maturidade aos 3 anos e crê-se que vive 20 anos em estado selvagem. 

terça-feira, 19 de março de 2013

Coala



O coala é um mamífero marsupial da família Phascolarctidae endêmico da Austrália. Originalmente era encontrado do norte de Queensland até o extremo sudeste da Austrália Meridional.
Os coalas vivem em média 14 anos. Vivem em eucaliptos de onde tiram seu alimento. Passam em média 14 horas por dia dormindo e descansando, e o restante em busca de alimento. Sua bolsa marsupial situa-se na barriga. O filhote fica lá até crescer, e depois fica agarrado às costas da mãe até tornar-se adulto.
Estes marsupiais encontram-se em via de extinção desde o início da colonização inglesa da Austrália, quando surgiu o hábito de matá-los para usar sua pele. Hoje, a caça não é o maior risco mas sim as queimadas nas florestas, que matam muitos animais, e a eliminação das árvores onde vivem, tanto por queimadas quanto por lenhadores. Ao perder a sua casa e alimento, o coala se muda e pode chegar a povoamentos ou cidades, onde morre por atropelamento ou é caçado por cães.


O coala tem a cabeça pequena, o focinho curto e os olhos bem separados. O nariz é grosso e achatado, e está munido de grandes narinas em forma de V, com as fossas nasais muito desenvolvidas, que mexem no seu equilíbrio térmico.
Tanto os membros anteriores como os posteriores possuem cinco dedos. O polegar das patas posteriores é bastante pequeno, não sendo dotado de garras. Os outros dedos são fortes e terminam em garras alongadas. Nas patas posteriores, apenas o polegar é oposto aos outros dedos.
A pelagem,é densa e sedosa, desempenha papel importante na regulação térmica e na proteção dos agentes atmosféricos. Como o coala não constrói um abrigo, dorme exposto ao sol e a chuva. A pelagem do dorso é muito densa e de uma coloração escura que absorve o calor. Torna-se mais escassa durante o verão e mais comprida durante o inverno.
Possui um bom equilíbrio e músculos possantes nas coxas, e quando escala uma árvore, a falta de cauda é compensada pelos dedos bastante largos e pelas garras muito desenvolvidas.

A época de reprodução dos coalas dura cerca de quatro meses. Neste período, os machos sexualmente maduros exploram o seu território, atraindo as fêmeas no cio, e enchem o local de marcas odoríferas, emitindo simultaneamente um som semelhante a um mugido. As fêmeas demonstram em geral grande agressividade com relação aos machos, os quais repelem violentamente. O acasalamento, que dura alguns segundos, dá-se em posição vertical sobre um galho de eucalipto.
Depois que terminada a conjunção, os companheiros se separam. O macho não se ocupa do sustento do filhote: tal função compete à fêmea, que só tem uma gestação por ano e geralmente só dá luz a um filhote (muito raramente dois). A gestação dura em média 35 dias.




terça-feira, 26 de junho de 2012

Tartaruga Gigante de Rodrigues

 Dados do Quelônio:
Nome: Tartaruga Gigante de Rodrigues
Nome Científico: Cylindraspis vosmaeri, Geochelone vosmaeri
Época: Holoceno
Local onde viveu: Oceano Indico
Peso: Cerca de 120 quilos
Tamanho: 0,94 metros de comprimento
Alimentação: Herbívora

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Testudines
Família: Testudinidae
Gênero: Cylindrapis

Essa espécie de Tartaruga Gigante habitou a Ilha Rodrigues pertencente ao grupo de Ilhas Mascarenhas, no qual fazem parte também as ilhas Mauricius e Reunião. A Ilha Rodrigues está localizada a 1500 km a leste da costa de Madagascar, no Oceano Indico, a 560 km a leste da ilha de Mauricius. Com uma área de 109 km2, esta ilha foi descoberta em 1528 por um explorador português chamado Diogo Rodrigues, foi colonizado por franceses em 1691 e abandonada em 1693, em 1735 foi estabelecido um porto marítimo francês, foi conquistado pela Inglaterra em 1809 e só conseguiu sua independência em 1967.
A Tartaruga Gigante de Rodrigues foi considerada extinta em 1802, sua captura por parte de marinheiros que passavam pela ilha foi grande demais para manter uma população viável. Através de restos de animais encontrados em cavernas foram feita as reconstruções da espécie. Essa espécie podia atingir cerca de 94 centímetros de comprimento e 81 centímetros de largura de carapaça, alcançava 1,20 metros de altura e aproximadamente 120 quilos.
   A característica principal desta espécie é o seu longo pescoço, que termina em uma cabeça pequena e com um poderoso bico córneo, com uma carapaça de formato cilíndrico e com a borda superior frontal elevada, como uma sela, que facilitava a elevação do pescoço a 90º, apoiados em pernas extremamente fortes.
Acredita-se que vivam em grupos de diversos animais, como ilustrado na imagem acima e devido ao grande número de animais que habitavam a ilha, estima-se que o número de tartarugas removidas das Ilhas Rodrigues entre 1732 e 1771 foi de 280.000 animais.
    Devido a sua longevidade ainda procura-se animais desta espécie em zoológicos particulares, que possam ter sido confundido com outras espécies de tartarugas gigantes, pois acredita-se que esses animais podem viver até 200 anos. E mesmo não achando nenhum espécime vivo e confirmando sua extinção, através de algumas partes já encontradas, criou-se a hipótese de num futuro próximo efetuarmos a clonagem desse animal, trazendo-o "de volta a vida".

Fonte: http://avph.com.br/

segunda-feira, 25 de junho de 2012

George "O Solitário", último da sua espécie, morre em Galápagos



 George Solitário, a última tartaruga de sua espécie e um ícone de preservação ambiental, morreu no domingo de causas desconhecidas, afirmou o Parque Nacional de Galápagos. Acreditava-se que ele tinha cerca de 100 anos de idade.
George Solitário foi encontrado em 1972 e tornou-se um símbolo das Ilhas de Galápagos, no Equador, que atraíram cerca de 180 mil visitantes no ano passado.
"Esta manhã o guarda-florestal encarregado de cuidar das tartarugas encontrou George Solitário e seu corpo estava imóvel", afirmou o chefe do Parque Nacional de Galápagos, Edwin Naula, à Reuters. "O ciclo da vida dele chegou ao fim".
Acreditava-se que George tinha cerca de 100 anos de idade e era o último de uma espécie de tartarugas gigantes de La Pinta, uma das menores Ilhas de Galápagos, segundo o parque nacional.
As tartarugas gigantes de Galápagos, que podem viver até 200 anos, estão entre as espécies que ajudaram Charles Darwin a formular sua teoria da evolução no século 19.
O Parque Nacional do Arquipélago está considerando embalsamar o corpo de George para que ele seja exposto no parque, disse Naula.
Um porta-voz afirmou que o parque planeja levar adiante uma autópsia para determinar o que pode ter causado a morte da tartaruga.
Cientistas tentavam fazer com que George reproduzisse desde 1993, quando introduziram duas tartarugas fêmeas de subespécies diferentes em sua jaula. Elas puseram ovos duas vezes, mas eram inférteis.
As tartarugas foram caçadas por causa de sua carne por marinheiros e pescadores a ponto de chegar a extinção, enquanto seu habitat tem sido comido por bodes que foram trazidos do continente.
Cerca de 20 mil tartarugas gigantes vivem em Galápagos.

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2012/06/25/george-solitario-ultima-tartaruga-da-especie-morre-em-galapagos.jhtm

sábado, 28 de abril de 2012

Incubação Artificial

Postagem retirada do Tartarugas AVPH .

Apresentamos um sistema de incubação simples, que porém apresenta grande funcionalidade, baixo custo e baixo consumo de energia. Testado e aprovado pela equipe do site Tartarugas AVPH, onde já nasceram mais de 100 tartaruguinhas.
   Primeiramente deve-se proporcionar um local adequado para a desova das tartarugas, podendo variar de espécie para espécie, porém um padrão que serviria para a grande maioria das espécies seria um solo composto de 50% de areia fina, 25% de terra comum e 25% de vermiculita. A área de desova e a profundidade também deve variar conforme a espécie, o número de animais e o tamanho dos mesmos. A área é de grande importância para evitar que mais de uma tartaruga desove no mesmo local, proporcionando assim a quebra de ovos, cada animal usará cerca de seu próprio diametro para escavar seu ninho, então proporcione uma área de 4 vezes ou mais o diâmetro somado de cada animal que poderá desovar no local. A profundidade deve ser igual ou superior ao comprimento de carapaça máximo da espécie que irá desovar.


O local da desova encontra-se com a a superfície remexida, sendo visualmente diferente do restante.


Cavar com devido cuidado para não atingir e danificar os ovos, os mesmos podem variar de profundidade entre 08 a 100 cm dependendo da espécie.


  Assim que expostos os ovos coloque a caixa de inubação próximo para evitar manuseios excessivos.


  Após bem posicionado, inicie a retirada dos ovos.

Ao retirar os ovos mantenha-os sempre na mesma posição ! Nunca os gire, pois levaria os embriões a morte. Em média as fêmeas adultas desovam cerca de 5 a 40 ovos dependendo da espécie, porém algumas podem desovar até 200 ovos, então ao términar de retirar os primeiros ovos aprofunde com muito cuidado ainda mais em busca dos próximos. Ao término verifique ainda mais fundo a existencia de mais ovos, pois algumas fêmeas podem desovar inicialmente, cobrir e logo em seguida desovar mais. Após a confirmação de que não há mais ovos, leve o pote com os ovos para a incubadora.


 Caixa de isopor de 100 L com tampa para confeccionar uma incubadora. O interior da caixa de isopor deverá conter o pote plástico contendo vermiculita com os ovos, termostato aquecedor submerso em água e fundo cheio de água.

 O termostato manterá a temperatura da água e consecutivamente do ambiente interno da caixa plástica constante. Esta temperatura ideal dependerá da espécie e do sexo dos niamais que se deseja incubar, pois no caso dos quelonios as temperaturas melhores para o desenvolvimento dos animais geram fêmeas e temperaturas mais adversas geram machos ou infertilizam os ovos. E essa temperatura ideal do ambiente depende do local onde o animal vive ou país de origem. Para se utilizar uma temperatura padrão que serve para 80% dos casos de incubação com quelônios, mantenha recomenda-se utilizar 28ºC.
   Nesse sistema o nível da água a ser adicionado, deve manter o termostato sempre submerso porém não deve invadir o pote plástico e molhar os ovos e nem deixar o pote flutuando, sendo este um detalhe importante ! 

 Ovos bons, verifica-se até a presença de arterias e veias.


Ovos não fecundados, ruins, que devem ser retirados durante o decorrer da incubação que dependendo da espécie pode demorar de 40 a 400 dias para nascerem.